terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

SETOR DE TELEMARKETING LIDERA OFERTAS DE EMPREGO NO PAÍS

O setor de telemarketing viveu duas realidades distintas entre 2008 e 2009. Ao mesmo tempo em que a nova Lei do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) impulsionou as contratações de pessoal, a lei de bloqueio de ligações de telemarketing (conhecida como "do not call list") trouxe a ameaça de demissões. O resultado final, porém, foi favorável para a indústria do setor.

Segundo o diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing (Sintratel), Ronaldo Lopes, o setor emprega atualmente cerca de 850 mil trabalhadores em todo o país. Até o fim deste ano, a previsão é que este número chegue a 1 milhão a 1,2 milhão de empregados, o que, se confirmado, representará crescimento de 17% a 41%.

Somente no estado de São Paulo são 380 mil funcionários e na região metropolitana da capital 250 mil. Apenas Centro de Apoio ao Trabalhador (CAT), na capital paulista, conta com cerca de três mil vagas disponíveis. "O setor de telemarketing é um dos que mais cresce a cada ano, liderando a lista das ofertas de emprego", afirmou o gerente do CAT regional norte, André Bucater.

Segundo ele, isso ocorre porque o SAC se tornou uma necessidade desde que as empresas passaram a atender o consumidor em tempo real para poder avaliar o que ocorre com seus produtos e serviços. "Isso está acontecendo com muitas empresas atualmente. Eles estão contratando muita gente não só para o SAC como para vendas, promoções e cobranças. E a procura pelas vagas também é grande porque não se exige experiência em carteira, o que faz com que a maior procura seja pelos jovens no seu primeiro emprego", avaliou.

A alta rotatividade de mão de obra é outro fator presente no setor telemarketing. O chamado turnover, praticado pelas empresas, serve para estimular os funcionários, ou seja, aqueles que produzem continuam, enquanto que os que não atingem os objetivos acabam sendo eliminados.

De acordo com Lopes, as menores empresas são as que pagam as melhores médias salariais, um dos motivos que contribuem para a rotatividade de funcionários. Em uma empresa de maior porte o salário chega a R$ 750,00. Já naquelas com até cem funcionários os ganhos podem chegar a R$ 1,2 mil. "Os trabalhadores acabam adquirindo experiência nas grandes empresas e migram para as pequenas, por conta das melhores condições", revelou. Com informações da Agência Brasil.

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